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Homem de 45 anos e 100 Kg apresenta crise de asma grave com cianose e rebaixamento do sensório. Após a indução para intubação, o plantonista não consegue ventilar nem intubar o paciente e a saturação começa a cair rapidamente. Qual é a conduta imediata a ser tomada nesta situação?
A) Realizar cricotireoidostomia por punção
B) Acordar o paciente
C) Retornar à ventilação espontânea
D) Utilizar dispositivo supraglótico
E) Utilizar broncofibroscópio
Comentários
-A via aérea invasiva, quer seja cricotireoidostomia por punção ou cirúrgica só devem ser instituídas após serem tentados os dispositivos supraglóticos, uma vez que estes são menos invasivos e mais fáceis de serem utilizados.
-Retornar à ventilação expontânea nem sempre é possível em situações de urgência.
-Entende-se por dispositivo supraglotico, máscara laringea, tubo laringeo e combitube. A máscara laríngea clássica é a primeira escolha em várias situações configuradas no algoritmo da ASA (The American Society of Anesthesiologists), pois pode substituir o tubo traqueal em cirurgias eletivas (jejum) de curta duração ou nas situações urgentes (ventilo, mas não entubo) ou emergenciais (não ventilo e não entubo). O tamanho da máscara é calculado pelo peso IDEAL. Tanto o tamanho quanto o volume de insuflação do cuff estão descritos no corpo da máscara ou no balonte. O tubo laringeo pode ser considerado uma evolução do Combitube, sendo menos traumático e mais versátil, uma vez que com apenas 01 válvula se insufla os 02 balonetes. Outra evolução, desta vez em relação à Máscara laríngea é que seu número é escolhido pela altura e não pelo peso ideal, minimizando contas e erros.
-Os dispositivos ópticos como o videolaringoscópios e a fibroscopia são alternativas úteis que facilitam a visualização das pregas vocais, mas seu uso deve ser evitado em situações de emergência, onde a dessaturacão já está se instalando uma vez que não estão tão rapidamente disponíveis e seu uso requer algum tempo para execução.
Resposta: letra D
Referências
1.Richard M. Cooper, MSc, MD, FRPCP, DepartmentofAnesthesia,Univers
2. Salem MR, Khorasani A, Saatee S, Crystal GJ, El-Orbany M. Gastric tubes and airway management in patients at risk of aspiration: history, current concepts, and proposal of an algorithm. Anesth Analg. 2014; 118:569-79
3 . Practice Guidelines for Management of the Difficult Airway: An Updated Report by the American Society of Anesthesiologists Task Force on Management of the Difficult Airway. Anesthesiology, 2003;98:12691277
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