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Pronto para mais um quiz Somiti? Hoje vamos falar sobre cetoacidose diabética.
Para falar sobre cetoacidose diabética, convidamos Bárbara Braga Costa .
Bárbara Braga Costa é Graduanda Medicina 7o.período Faminas.
O quiz foi realizado sob a supervisão da Dra Maria Aparecida Braga, Coordenadora de Cursos Somiti.
O quiz é oportunidade de testar seus conhecimentos sobre temas importantes do dia a dia do atendimento na urgência, emergência, pré-hospitalar e terapia intensiva.
Para aprofundar seus estudos, não deixe de consultar as referências bibliográficas.
Vamos lá?
Questão
Adriana, 57 anos, atendida no PA com relato de que há 6 dias apresentou vômitos e diarreia, após ingesta de alimento suspeito, com melhora do quadro após 48 horas. Refere prostração e hiporexia. É diabética, hipertensa e faz uso das seguintes medicações: losartana 50 mg/dia, propranolol 40 mg/dia, vildagliptina 1 comp revestido 2 vezes ao dia, glibenclaminda 5 mg/dia, dapagliflozina 10 mg/dia, ácido acetilsalicílico100 mg /dia, atorvastatina 10 mg.
Ao exame encontrava-se desidratada+++/4+, hemodinamicamente estável, bom padrão ventilatório, com saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente e abdome sem alterações.
Apresentava bicarbonato de 13 mEq/L e cetonemia +++.
Foi feito diagnostico de cetoacidose diabética. Com relação aos fatores precipitantes para o quadro relatado, podemos citar:
A. Sepse está descartada, pois a paciente encontra-se hemodinamicamente estável.
B. Losartana é considerado fator precipitante
C. Dapagliflozina é considerado fator precipitante
D. Ácido acetilsalicílico é considerado fator precipitante
Comentário
Fatores precipitantes para cetoacidose diabética:
As situações mais comuns relacionadas são infecção (geralmente pneumonia ou infecção do trato urinário) e suspensão ou doses inadequadas de insulina. Outras condições incluem infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, sepse, pancreatite, apresentação inicial do diabetes mellitus I, fármacos que afetam o metabolismo dos carboidratos, incluindo glicocorticoides, doses elevadas de diuréticos tiazídicos, agentes simpaticomiméticos, agentes antipsicóticos de segunda geração, uso de cocaína, problemas psicológicos associados a distúrbios alimentares e omissão intencional de insulina, particularmente em pacientes jovens com diabetes tipo 1, mal funcionamento dos dispositivos de infusão contínua de insulina subcutânea.
Os Inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2): canagliflozina, dapagliflozina, empagliflozina e ertugliflozina (Invokana, Forxiga, Xigduo XR, Jardiance), usados principalmente no diabetes tipo 2, mas também usados off-label no diabetes tipo , apresentam mecanismos de ação complexos e relatos de cetoacidose diabética em ambos os tipos de diabetes têm sido documentados. Esses fármacos aumentam a excreção urinária de glicose, melhorando o controle glicêmico e promovendo a perda de peso. Desde a aprovação do primeiro medicamento da classe em 2013, surgiram dados sugerindo que esses medicamentos aumentam o risco de cetoacidose diabética. Em maio de 2015, a Food and Drug Administration emitiu um alerta de que os inibidores do SGLT2 podem causar cetoacidose. Mais recentemente, a gerência de farmacovigilância da Anvisa fez um alerta sobre a ocorrência de fasciíte necrotizante em pacientes com diabetes tipo II tratados com inibidores da SGLT2.
Resposta certa
C. Dapagliflozina é considerado fator precipitante
Referência:
Taylor SI, Blau JE, Rother KI. J Clin Endocrinol Metab. 2015; 100 (8): 2849.
http://portal.anvisa.gov.br/informacoes-tecnicas13, visitado em 18 de junho de 2019 às 09:12
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