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No dia 09 de Dezembro comemora-se o Dia do Fonoaudiólogo. Você conhece a importância da interdisciplinaridade dentro das UTIs e sobre o papel do fonoaudiólogo nesses ambientes?
Sobretudo em casos de disfagia, a intervenção desse profissional é capaz de reduzir custos e o tempo de permanência do paciente em hospitais.
Neste sentido, a integração do fonoaudiólogo com os demais que compõem a equipe dos CTIs contribui para a tomada de decisões em conjunto e com a qualidade de vida do paciente, otimizando sua recuperação.
Assim sendo, um dos pontos que justificam a participação do fonoaudiólogo no ambiente hospitalar, mais precisamente na Terapia Intensiva, é a sua contribuição para a melhoria do quadro de disfagia, distúrbio que dificulta ou impede a ingestão segura, eficiente e confortável de qualquer consistência salivar ou alimentar.
Ou seja, quando não é bem administrada, a disfagia pode gerar complicações como desnutrição, desidratação, emagrecimento, pneumonia aspirativa e até mesmo o óbito.
“O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para a avaliação, prevenção e reabilitação dos distúrbios de voz, fala e deglutição dentro da Terapia Intensiva. O nosso objetivo é fazer com que o paciente se alimente bem, o mais rápido e da forma mais segura e, assim, recupere o prazer de comer e melhore sua qualidade de vida dentro da Terapia Intensiva.” Luiza do Carmo Costa, integrante do Departamento de Fonoaudiologia da Somiti.
Segundo ela, as alterações fonoaudiológicas são decorrentes de doença de base congênita ou adquirida, permanente ou transitória.
Classicamente, as doenças neurológicas são as que mais demandam a atuação do fonoaudiólogo, a exemplo de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), traumatismos cranianos e doenças neurodegenerativas, além de cardiopatias, Parkinson, Alzheimer e pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, dentre outros casos.
“Aqueles pacientes que foram submetidos à entubação prolongada ou que ficaram em ventilação mecânica por muito tempo são pacientes que vão demandar atendimento fonoaudiológico em decorrência das alterações propiciadas por esse tratamento. O trabalho do fonoaudiólogo também visa melhorar a linguagem do paciente e permitir que ele se comunique melhor com a equipe, relatando suas dores, incômodos e queixas, o que é muito eficaz”, acrescenta Luiza.
Em suma, a atuação do fonoaudiólogo na UTI justifica-se pela orientação que esse profissional dá sobre o início da ingestão oral; pela contribuição para o desmame da ventilação/traqueostomia reduzir o tempo em cuidados intensivos; orientações sobre adequação postural, medicações e consistência dos alimentos e, por fim, a necessidade de colocação de via alternativa.
Saiba mais sobre o assunto no vídeo abaixo:
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