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A cada dois anos a Somiti se prepara para oferecer a mais de mil profissionais intensivistas, de várias especialidades (enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos intensivistas e emergencistas, odontólogos e psicólogos) um espaço de discussão científica sobre os principais temas da especialidade, que envolvem o cuidado, cada vez mais humanizado e de qualidade, ao paciente crítico. Em 2017, o XV Congresso Mineiro de Medicina Intensiva e o I Congresso Abramede MG serão realizados de 25 a 27 de maio, no Hotel Dayrrel, Centro de Belo Horizonte. Aliado à iniciativa ocorrerá o ‘I Congresso mineiro de psicologia hospitalar com ênfase em urgência, emergência e UTI’. Ao Somiti Informa, os presidentes dos eventos, Eduardo Fonseca Sad e Frederico Bruzzi de Carvalho, falaram sobre as perspectivas e propostas do encontros.
Somiti informa: Qual o objetivo do XV Congresso Mineiro de Medicina Intensiva?
Eduardo Fonseca Sad: Criar um fórum para os nossos intensivistas, toda a comunidade da terapia intensiva, para que possamos conhecer melhor o que está sendo feito em nosso estado e que a gente consiga trocar experiências, para que seja atingido o objetivo do congresso, ou seja, melhorar o cuidado dentro da terapia intensiva com muita humanização e principalmente com qualidade de atendimento de nossos pacientes. É muito importante que todos os profissionais envolvidos na terapia intensiva tenham essa clareza de pensamento, que é melhorar a qualidade do atendimento com humanização.
Somiti informa: O que os participantes poderão encontrar de novidades neste evento?
Eduardo Fonseca Sad: Para essa edição buscamos fazer um congresso bem interativo com participação muito grande da plateia nas questões e fóruns participativos para que os palestrantes e as mesas sejam bem interativas com todos. Para isso vamos utilizar internet e votação via smartphones. Estamos com uma tecnologia nova que consegue fazer isso e todas as pessoas vão poder participar e guardar essas respostas no seus smartphones. Vamos conseguir fazer uma coisa diferente com uma tecnologia barata, mas que vai servir para todo mundo ter uma participação mais direta no congresso.
Somiti informa: Qual a importância deste primeiro congresso para a Abramede?
Frederico Bruzzi de Carvalho: Este primeiro evento será uma oportunidade de troca de experiências e valorização dos profissionais que atuam na urgência e emergência, tendo como foco o trabalho multiprofissional e o cuidado do paciente, desde o seu primeiro atendimento até a UTI.
Somiti informa: Como acredita que a medicina de emergência evoluirá no país?
Frederico Bruzzi de Carvalho: Apesar de ser uma especialidade que existe desde os primeiros registros médicos, no Brasil a medicina de emergência só foi recentemente reconhecida como área do conhecimento e exercício profissional independente de outras especialidades.
Nessa nova perspectiva temos um imenso campo de trabalho, enormes nichos do conhecimento e estrutura de trabalho a enfrentar. Na minha opinião, a formação do profissional, do especialista, deve ser o caminho a ser trilhado. As residências médicas são estruturantes neste processo. É essencial que os egressos desses programas sejam excepcionais nos domínios cognitivo, de habilidades e atitudes.
Com a diferenciação do profissional, seguirá a adaptação das formas de trabalho e das estruturas de urgência e emergência. Mas isso demorará algumas gerações.
Espero muito que, com a evolução da especialidade, sejam criados esquemas criativos e eficientes de trabalho, fazendo que os especialistas mantenham a energia da juventude enquanto adquirem vivência numa atividade entusiasmante, com remuneração proporcional à sua importância para o sistema de saúde.
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