Tempo de leitura: 3 minutos
Embora a candidíase invasiva seja um tema recorrente na terapia intensiva, muitas pessoas não fazem ideia do que seja a doença. Resumidamente, trata-se de uma infecção grave, que pode ser considerada de alto risco. No entanto, existem outros aspectos a serem esmiuçados.
Como se desenvolve a candidíase invasiva?
Causada por Candida sp, também conhecida por Candida albicans, a Candidíase se revela através de lesões fungemia e mucocutâneas. Infecção focal de múltiplos locais também gera a doença, mas não é tão frequente como os outros dois problemas.
Os pacientes com suspeita deverão apresentar indícios de cegueira, disfagia, lesões cutâneas e de mucosa, febre, choque, oligúria, queimação e corrimento vaginais, coagulação intravascular disseminada, insuficiência renal, prurido e oligúria.
Para saber se está ou não com candidíase invasiva, o paciente precisa se submeter a uma histopatologia. O tratamento é realizado sob uso de antibióticos, como Anfotericina B, Fluconazol, Equinocandinas, Posaconazol ou Voriconazol.
Sintomas
Quem desenvolve candidíase invasiva geralmente fica febril. Mas, ao contrário de outras infecções fúngicas, ela geralmente acontece devido a organismos endógenos.
Os maiores atingidos pela doença
As pessoas que correm mais risco de apresentar a doença são os neutropênicos, pacientes que passam por quimioterapia para tratar o câncer. Essas pessoas que lutam contra um tumor maligno. Ao desenvolvem candidíase disseminada, correm risco de vida.
Tratamento da candidíase
A Equinocandina é indicada para o tratamento de candidíase invasiva. Quando recomendada, o paciente pode tomar os seguintes medicamentos:
- Anidulafungina, dose de ataque de 200 mg, IV, então 100 mg, IV, 1 vez/dia;
- Caspofungina, dose de ataque de 70 mg, IV, então 50 mg, IV, 1 vez/dia;
- Micafungina, 100 mg, IV, 1 vez/dia.
Outro remédio indicado para tratar a doença é o Fluconazol. Os médicos receitam esse medicamento a pacientes clinicamente estáveis, ou se tiver suspeita de C. albicans ou C. parapsilosis. A dose de ataque é 800 mg (12mg/kg) VO ou IV uma vez, seguindo 400 mg (6mg/kg) uma vez ao dia.
Caso a pessoa apresente intolerância, disponibilidade limitada ou resistência a outros antifúngicos, o médico pode recomendar uma formulação lipídica de Anfotericina B na dose de 3 a 5 mg/kg IV uma vez por dia.
Depois da última hemocultura negativa, o procedimento da candidíase invasiva é mantido por 14 dias.
Espécies de candidíase (outros fatores)
Além da candidíase invasiva, existem outros tipos de doença de candidíase:
- Candidíase do esôfago;
- Candidíase disseminada;
- Candidíase esofágica.
Candidíase invasiva como tema de curso
No último dia 8 de outubro, alunos do curso para Residentes e Especializandos em Medicina Intesiva (Cremi) tiveram aula sobre candidíase invasiva com o especialista Cristiano Coli.
De acordo com o médico, a incidência da doença “aumenta na maioria das regiões do mundo, especialmente em pacientes críticos”.
“A candidíase invasiva é uma infecção de extrema importância e deve ser tratada como tal, tanto pelo impacto de mortalidade, quanto pelo custo hospitalar, considerando a frequência com que essa doença aparece”, finalizou Coli.
Para se capacitar, acesse o site do centro de treinamento e conheça nossos cursos.
Com a proposta de capacitar os participantes a salvarem vidas, promovemos cursos a um valor acessível, sem fins lucrativos, apenas para cobrir os custos de realização.
Curta a página da Somiti no Facebook, siga o nosso blog e mantenha-se atualizado em Terapia Intensiva, Urgência e Emergência.
Os comentários foram encerrados, mas trackbacks e pingbacks estão abertos.