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Assistolia é um termo técnico que designa ausência ou baixíssima frequência de qualquer atividade elétrica, contrações cardíacas ou ritmos cardíacos. Ela é um dos critérios para definição de morte clínica.
Na assistolia, o eletrocardiógrafo não consegue captar atividades elétricas, uma vez que o sistema elétrico e as células musculares do coração deixam de funcionar. Ela é precursora do encerramento do fluxo sanguíneo e consequente morte, mas pode ser revertida, desde que o procedimento correto seja feito rapidamente.
No presente artigo, vamos apresentar as principais causas da assistolia, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos.
Boa leitura!
Assistolia: porque ocorre, sintomas, diagnóstico e tratamentos
De modo geral, a assistolia pode ser dividida em duas: assistolia primária, quando as células cardíacas deixam de operar processos metabólicos, e secundária, originada de problemas sistêmicos ou de doenças cardíacas.
Ela pode se derivar de quadros de privação de oxigênio, overdose, pico no volume de potássio, indução anestésica, hipóxia e distúrbios hidroeletrolíticos.
Situações como bradicardia progressiva, fibrilação ventricular, forte estímulo do nervo vago (originados de vaso espasmo de artérias coronárias, sangramento intracerebral e raquidiana ou intubação orotraqueal) também podem progredir para assistolia.
Antes do evento, alguns sintomas podem ser observados:
- Ritmo cardíaco irregular (o padrão eletrocardiográfico se mostra isoelétrico, apresentando uma linha reta ou raras ondulações);
- O paciente reclama de forte aperto no peito e, em seguida, apresenta perda de pulso e respiração.
Diagnóstico e tratamento da assistolia
É importante observar que quadros de assistolia implicam em atividade elétrica sem pulso, uma vez que não há débito e contrações cardíacas. Por outro lado, é possível que algum sinal atrial possa se destacar no monitor, tais como eventos que indicam a paralisação ventricular – ondas P sem complexo QRS.
O tratamento depende da causa
As manobras de ressuscitação cardiopulmonar devem ser iniciadas imediatamente, com uso de desfibrilador em assistolias que não sejam de origem metabólicas, como ataque cardíaco. O uso de desfibrilador em assistolias metabólicas não é recomendado, uma vez que pode prejudicar ainda mais o coração.
Até que seja dada entrada do paciente em um ambiente hospitalar, ou até que chegue o desfibrilador, são administrados medicamentos para estimular o coração. Dentre os fármacos mais utilizados estão a vasopressina, atropina e epinefrina injetáveis.
Massagens cardíacas e compressões torácicas podem ser usadas para pressionar o movimento sanguíneo. Da mesma forma, intensivistas podem tentar a técnica de estimulação, que visa trazer de volta o ritmo regular por meio de pequenos pulsos elétricos.
Em alguns casos, ainda, médicos podem optar pelo resfriamento do corpo, prática que diminui a demanda por energia e ajuda a ganhar tempo no tratamento.
A grande preocupação durante a assistolia é a falta de oxigênio no cérebro, uma vez que o coração não está bombeando sangue.
Portanto, quando a cessação da parada cardíaca permanece por 15 minutos ou mais, é considerado que o paciente está clinicamente morto.
Isso acontece porque o tempo em que o cérebro ficou sem oxigênio é muito longo e, mesmo com a recuperação cardíaca, as sequelas podem ser irreversíveis. De toda forma, as tentativas de ressuscitação não param até que se esgotem todas as possibilidades.
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