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Acessos vasculares periféricos, também conhecidos como punções venosas periféricas, são procedimentos largamente utilizados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). No Brasil, assim como nos Estados Unidos, cerca de 90% das pessoas hospitalizadas carecem do uso de vasos periféricos.
Por meio dessa prática, são administrados volumes consideráveis de medicamentos venosos, o que facilita muito o tratamento em emergência. Entenda mais sobre o assunto e veja como o procedimento é feito em terapia intensiva.
Acessos vasculares periféricos em terapia intensiva
Existem diversos motivos que justificam /a punção venosa. Dentre os principais, podemos mencionar:
- Injeção de eletrolíticos e bioquímicos;
- Terapias diversas, como as farmacológicas, antineoplásicas, analgésicas, hematológicas e sedativas;
- Reposição renal substitutiva e volêmicas.
Como são feitos os acessos vasculares periféricos
O procedimento é corriqueiro em terapia intensiva. Mesmo assim, trata-se de um ponto crítico que deve ser conduzido com muito cuidado. Na verdade, dominar bem a técnica é um dos desafios mais difíceis em enfermagem.
Insere-se um cateter venoso por meio de um equipamento de venopunção em veia aparente, vistosa e robusta. A veia deve ser cuidadosamente escolhida, com preferência para os membros superiores, onde se alojam melhor os cateteres de grande calibre.
São as principais veias: basílica, cefálica, do dorso da mão, parva, safena magna e medianas do antebraço e cotovelo.
É necessário também que se verifiquem os nove certos na administração medicamentosa, de acordo com o protocolo de segurança na administração de medicamentos do Ministério da Saúde.
São eles: paciente, medicação, via, hora, dosagem, registro da administração, orientação, forma e resposta corretos.
Alguns cuidados durante a terapia intravenosa:
- Higienizar sempre as mãos – antes do contato com o paciente e sempre que se manipular o acesso e seus componentes;
- Analisar a estabilidade do acesso, se há sangramento ou sujeira;
- Avaliar possíveis edemas, vermelhidão ou se há calor no local do acesso;
- Preservar o local do acesso seco em todas as ocasiões – atenção ao banho;
- Se o paciente relatar dor no ato da infusão do medicamento, interromper o procedimento imediatamente.
A higiene das mãos antes de qualquer contato com o acesso é imprescindível para evitar infecção relacionada à punção venosa.
Atualização sobre o tipo de curativo nos acessos vasculares periféricos
Segundo a série sobre Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a recomendação, agora, é que sejam utilizados filmes transparentes estéreis para a aplicação de curativos mediante o acesso venoso periférico.
A atualização foi feita em 2017. Antes, era recomendável a aplicação de fitas microporosas não estéreis (como o micropore) e fitas adesivas não estéreis (esparadrapos).
A aplicação de acessos vasculares periféricos é uma técnica muito útil em terapia intensiva, pois permite a administração de grande volume de medicamentos venosos.
Tal ferramenta é importantíssima em tratamentos de emergência, mas pode ser desgastante, quando mal conduzida. Tentativas de punção malsucedidas, levam ao desconforto do paciente e até a complicações infecciosas e mecânicas.
O Prof. Dr. Clayton Lima Melo, instrutor da Somiti, preparou um e-book onde aborda quais são os cuidados a serem tomados para a inserção e a manutenção dos acessos. Baixe gratuitamente o material clicando aqui.
Portanto, é essencial que a conduta dos intensivistas esteja correta e que eles sejam bem treinados para conduzir procedimentos do tipo.O blog Somiti tem o compromisso investigar, produzir e divulgar conteúdos que sejam relevantes dentro do universo da terapia intensiva na medicina. Mantenha-se atualizado aqui e também nas redes sociais, Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube.
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