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Hoje a questão é sobre ventilação mecânica não invasiva. Para aprofundar seus estudos, não deixe de consultar as referências bibliográficas.
Você também pode se atualizar sobre o tema fazendo o curso PVMA (Princípios de Ventilação Mecânica em Adultos).
Vamos lá?
Ventilação Mecânica Não Invasiva
São contra-indicações absolutas do uso da Ventilação Mecânica Não Invasiva, exceto:
a) Necessidade de intubação de emergência;
b) Parada cardíaca ou respiratória;
c) Alto risco de aspiração.
Resolução
A ventilação mecânica tem a função de substituir total ou parcialmente a ventilação espontânea e está indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. A ventilação mecânica propicia melhora das trocas gasosas e diminuição do trabalho respiratório, e deve ser utilizada de forma não-invasiva através de uma interface externa, geralmente uma máscara facial.
A Ventilação Não Invasiva utiliza uma pressão inspiratória para ventilar o paciente através de interface naso-facial (IPAP e ou PSV) e uma pressão positiva expiratória para manter as vias aéreas e os alvéolos abertos para melhorar a oxigenação (EPAP e ou PEEP). No modo CPAP é administrado ao paciente através da interface naso-facial somente uma pressão expiratória final contínua nas vias aéreas (CPAP) e a ventilação do paciente é feita de forma totalmente espontânea.
De acordo com as Recomendações das Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica AMIB (2013), os pacientes, desde que não possuam contra indicações absolutas, com incapacidade de manter ventilação espontânea (Volume minuto > 4 lpm, PaCO2 < 50 mmHg e pH > 7,25) devem iniciar uso de VNI com dois níveis de pressão, com a pressão inspiratória suficiente para manter um processo de ventilação adequada, visando impedir a progressão para fadiga muscular e/ou parada respiratória.
Alto risco de aspiração é considerada uma contra indicação relativa uma vez que a evolução tecnológica do mercado de interfaces oferece dispositivos capazes de auxiliar no manejo destes pacientes durante a VNI com o intuito de minimizar tal risco.
O uso de VNI deve ser monitorado por profissional da saúde à beira-leito de 0,5 a 2 horas. Para ser considerado sucesso, deve ser observado diminuição da frequência respiratória, aumento do volume corrente, melhora do nível de consciência, diminuição ou cessação de uso de musculatura acessória, aumento da PaO2 e/ou da SpO2 e diminuição da PaCO2 sem distensão abdominal significativa. Quando não há sucesso, recomenda-se imediata IOT e ventilação invasiva. Espera-se sucesso na população hipercápnica com o uso da VNI em 75% dos casos, e nos hipoxêmicos em cerca de 50%.
Resposta
Letra C: alto risco de aspiração.
Referências Bibliográficas:
- Hess DR. Noninvasive Ventilation for Acute Respiratory Failure. Respir Care 2013;58(6):950–969.
- Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica – AMIB – 2013.
- Morato, J. B.; Sandri, P.; Guimarães, H. P. Emergências de Bolso – Volume 2 – ABC da Ventilação Mecânica – 2015.
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