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Pronto para mais um quiz Somiti? Hoje vamos falar sobre atendimento a pacientes com COVID-19.
Para explicar sobre o assunto, convidamos Juliana Doro. Ela é instrutora da Somiti e fisioterapeuta do Hospital Vila da Serra.
O quiz é oportunidade de testar seus conhecimentos sobre temas importantes do dia a dia do atendimento na urgência, emergência, pré-hospitalar e terapia intensiva.
Vamos lá?
Questão
No atual cenário em que vivemos de pandemia pelo novo coronavírus (COVID-19), algumas medidas são necessárias para aumentar rapidamente a capacidade de atendimento aos pacientes críticos, caso a capacidade de atendimentos nas Unidades de Terapia Intensiva ultrapasse as disponíveis nos hospitais. Sobre essas medidas, assinale a alternativa incorreta:
A) Desmarcar as cirurgias eletivas no Bloco Cirúrgico.
B) Utilizar a sala de recuperação pós-anestésica como UTI.
C) Manter os pacientes internados nas enfermarias e apartamentos o máximo de tempo possível para que eles fiquem em isolamento social no hospital.
D) Adiar férias e licenças de pessoal médico e equipe multiprofissional para reforçar as equipes.
E) Transformar enfermarias e apartamentos em leitos de UTI, utilizando os equipamentos reserva da UTI.
Resposta
Letra C: Manter os pacientes internados nas enfermarias e apartamentos o máximo de tempo possível para que eles fiquem em isolamento social no hospital.
Comentário:
Uma situação em que a demanda de doentes críticos ultrapassa a capacidade de atendimento, constitui uma situação de desastre. Nesta situação excepcional, definida e reconhecida pelas autoridades de saúde e outros, será necessário ampliar a capacidade de atendimento de vítimas graves. Essa coordenação do atendimento deve ser realizada pelos profissionais intensivistas.
Recomenda-se que as UTI’s possuam plano de contingência para o aumento rápido da capacidade de atendimento por, pelo menos, 100% da capacidade habitual – usando recursos locais, regionais e nacionais.
O cuidado do paciente crítico usual é realizado dentro da UTI. Em situações especiais, os muitos pacientes podem necessitar de cuidados críticos fora da UTI. Áreas do hospital com capacidade de monitorização como unidade de recuperação pós-anestésica e unidades cardio-coronarianas devem ser os locais preferenciais para alocação de doentes críticos.
Essas e outras unidades podem servir como UTI temporária e receber, preferencialmente, pacientes menos críticos (sem ventilação mecânica invasiva, suporte com drogas vasoativas ou monitorização neurointensiva, por exemplo).
Como forma de aumentar espaço é sugerida a avaliação de possibilidade de suspensão/postergação de procedimentos cirúrgicos eletivos.
Férias, licenças e folgas devem ser adiadas para outro momento. Além disso, medidas de restrição da circulação de pessoal sanitário – como suspensão de eventos científicos, congressos e proibição de viagens –, visam maximizar a disponibilidade de recursos humanos e minimizar o risco de contaminação.
A alta dos pacientes internados nas enfermarias e apartamentos deve ser realizada de forma mais breve possível, para que o número de leitos disponíveis para internação aumente.
Referências
Fundamental Disater Management: “Augmenting Critical Care Capacity During a Disaster”. Society of Critical Care Medicine, 2019. Acessado em 08 de Abril de 2020.
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