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A discussão sobre a síndrome respiratória aguda grave torna-se mais pertinente na época do ano marcada pelo aumento de doenças respiratórias.
Assim, para iniciar o assunto, torna-se oportuno relembrar a pandemia da gripe suína (H1N1 ou influenza A) em 2009, doença até então não reconhecida no brasil como um problema de saúde pública.
Neste sentido, o paciente zero da gripe suína foi uma criança de seis meses do norte do México, identificada em fevereiro de 2009. Nos meses seguintes, novos casos de óbito e de pneumonia relacionados à doença foram surgindo no México e em outros países. Em junho daquele ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia, classificando-a no nível máximo de alerta.
De acordo com o intensivista e anestesiologista Leandro Braz de Carvalho, para que um vírus se torne pandêmico, é necessário emergir do seu hospedeiro natural e nunca ter infectado a espécie humana que, por sua vez, desprovida de imunidade, torna-se vulnerável.
Além disso, o vírus com potencial pandêmico causa enfermidade na espécie humana e é transmitido eficientemente de pessoa a pessoa, podendo ser mais patogênico que as cepas epidêmicas.
Confira abaixo 7 pontos relacionados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Os aspectos sociais possuem significativa influência sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave
A emergência de enfermidades infecciosas aplicados a influenza é estimulada por aspectos como o aumento das populações urbanas, de idosos e de pacientes crônicos; intensificação de contatos internacionais por meio de viagens e comércio de alimentos e objetos; maior contato entre humanos e animais domésticos e aumento da pobreza e da vulnerabilidade social.
Quando ocorre a síndrome gripal (SG)?
A síndrome gripal ocorre quando o indivíduo apresenta febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e ao menos um dos sintomas da cefaleia, mialgia ou artralgia.
Quais indivíduos podem ser acometidos pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG)?
A síndrome respiratória aguda grave pode acometer indivíduos de qualquer idade que atenda à definição de caso de SG e que apresente dispneia, saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou sinais de desconforto respiratório, dentre outros sintomas associados.
Outros sintomas associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave
Os outros sintomas associados à síndrome respiratória aguda grave são aumento da frequência respiratória de acordo com a idade ou piora nas condições clínicas de base em cardiopatias e pneumopatias crônicas e hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.
Além destes itens, em crianças deve-se observar também os batimentos de asa do nariz; cianose; tiragem intercostal; desidratação e inapetência.
Quais são os grupos de risco para agravamento da síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
Há diversos grupos de risco para agravamento da síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Sendo assim, fazem parte dos grupos de risco mais vulneráveis ao agravamento da SRAG:
- crianças menores de 2 anos e adultos com mais de 60 anos;
- gestantes e puérperas até duas semanas após o parto (incluindo mulheres que sofreram aborto ou perda fetal);
- obesos mórbidos, ou seja, com índice de massa corporal maior ou igual a 40 população indígena
- dentre outros
Quais são os indivíduos com doenças crônicas são vulneráveis à síndrome respiratória aguda grave (SRAG)?
Também fazem parte do grupo de risco para agravamento da SRAG pessoas que sofrem com pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (com exceção de hipertensão arterial sistêmica); nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo diabetes) e transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, AVC ou doenças neuromusculares).
Sinais de agravamento da SRAG
Os sinais de agravamento da SRAG são:
- aparecimento de dispneia, taquipneia ou hipoxemia;
- persistência ou aumento da febre por mais de três dias (pode indicar pneumonite primária pelo vírus influenza ou secundária a uma infecção bacteriana);
- exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica;
- exacerbação de doença cardíaca pré-existente;
- miosite comprovada por exames laboratoriais;
- alteração do sensório;
- exacerbação dos sintomas gastrointestinais em crianças
- desidratação
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ALERTA: Quando essas alterações se manifestarem em pacientes com fatores de risco para a complicação por influenza, deve-se dar atenção especial.
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